Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: jornalgrandebahia.com.br

 

JOSÉ ARARIPE CAVALCANTE JÚNIOR
( BRASIL - BAHIA )

 

José Araripe Cavalcante Júnior, 19 anos, nascido em
Ilhéus, Bahia, começou escrevendo contos em jornais e participando de festivais de música com letrista.
Ainda na região cacaueira fundou o movimento LIBERARTE. Organizou e participou junto com o grupo de Arte Macuco, a 1. Feira de Arte de Buerarema.
Ingressou na UFBa, em 1977, onde cursa Artes Plásticas. Durante esse período participou de exposições em Buerarema, Itabuna, Salvador e São Cristóvão (SE).
Ainda em 1977 ingressou no Teatro Livre da Bahia, onde já participou das montagens: Off-sina, Pombras da Bahia, Teatro de Rua, Teatro de Câmera, Oxente Gente, Cordel! e Gracias a la vida.
Tendo escrito textos para Off-Sina Pombas, Bahia e Teatro de Rua. Inédito em poesia.
 

 

CAVALCANTE JÚNIOR, José Araripe.  Alegretos de Gaiola.  Edições Macuco, JORNAL DO REINO, 1978.
Trata-se de uma grande folha com dobraduras.
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda. 

A seguir, alguns dos poema:

       
              ALEGRETO

             
Um carro pegou fogo
              em plena rua,
              um beijo se perdeu
              no céu abandonado da minha boca...
              E eu não sabia onde morava
              o fantasma que me cabia.
              Se alguém souber do paradeiro
              de minha consciência, de minha família
              e do meu demônio de guarda,
              favor informar a rua dos Anjos,
              lá será gratificado com um pouco
              do meu tédio, receberá ainda um beijo, e
              passagem de ida-e-volta a um sujo
              beco qualquer desta alegre cidade. 


              PEQUENO POEMA DE AMOR

             
Te cuidar
             
com formol

              Te cobrir
              com lençol

              Te talhar
               com navalha

               Te encher
               de palha

               Te brilhar
               com verniz

                 Te deixar
               como quis

               Te homenagear
               indigente
              
               Te expor
               morta e decente

               Te querer
               negra violeta

               Te emoldurar
               como borboleta

               te amar para sempre...


               BRINCADEIRA

             
Hoje
              vou esquecer a paixão
              do pronome possessivo.

              Vou cortar o
              meu, o teu,
              o nosso umbigo.

              Vou finalmente brincar
              de liberdade contigo;


      BRANCO PECADO

      Retalhar o mármore da estátua e retirar de teu corpo branco o
       o grito dos teus presos.
       Viva a boca torta da estátua que deixa correr meia palavra e
       uma gota de chuva.
       Viva a mulher que virou pecado e virou estátua no meio da
       praça.
       Viva o mármore do olho da boca da face da farsa da estátua.
       Viva a carterpilar e o decreto do prefeito retirar a branca mulher
       sem vida da vida.
       Retalhar o mármore da estátua despir a mulher e seus pecados.
       (mesmo assim viva o pecado da mulher sem cor)
       Decepar membro por membro não poupar olho nem sorriso.
       Viva o tombo a queda da estátua da praça da estátua.
       Viva o prefeito a carterpilar o decreto o parágrafo o despacho
       a lâmina.
       Viva o pecado do prefeito que matou o pecado da mulher branca
       dos pecados.
       Viva o depósito da prefeitura que cabe a máquina o paletó do
       prefeito cabe os pedaços os braços de corpo os seios e dos
       pecados os lábios da mulher o coração de mármore.
       Viva a fuga dos presos.
       Viva o depósito o prefeito o decreto os pecados os escultores
       que violam o mármore e criam os pecados.


     UIQUIENDI

     A roupa de domingo do poeta,
     amanheceu com cor de sábado
     e forte cheiro de naftalina.
     O seu primeiro verso, uma mistura
     de mau humor e mau hálito,
     uma rima pobre e com sono,
     sete sílabas e um palavrão no lugar
     do bom dia.

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar